DIOR PARA A SEMANA DE MODA DE PARIS INVERNO 2025
- Pietra Lafemina
- 11 de mar.
- 1 min de leitura
O desfile de inverno 2025 da Dior na Paris Fashion Week veio cercado de rumores: seria essa a despedida de Maria Grazia Chiuri da direção criativa da maison? A ausência de colaborações artísticas pela primeira vez levantou suspeitas, mas sem confirmações oficiais, o foco ficou na coleção — uma peça de teatro histórica dividida em seis atos.

Chiuri mergulhou em referências das eras medieval, elisabetana e vitoriana, resgatando a estética aristocrática com vestidos estruturados como armaduras, corpetes, casacas, fraques e saias volumosas. As camisas com babados destacáveis, inspiradas no romance Orlando de Virginia Woolf, trouxeram uma reflexão sobre fluidez de gênero, além de um aceno à era de Gianfranco Ferré na Dior.
Outro ponto alto foi a reedição da icônica camiseta J’Adore Dior, popularizada por John Galliano nos anos 2000, agora com detalhes em renda e pelúcia. A mistura de elementos masculinos e femininos ficou evidente em capas militares, casacos estruturados combinados com bustiês delicados e minivestidos moldados como crinolinas.
Com uma direção visual assinada por Robert Wilson — que transformou a passarela em um palco com explosões vulcânicas e montanhas de gelo —, a coleção simbolizou um mundo em mutação. Mesmo sem respostas sobre o futuro de Chiuri na marca, o desfile reafirmou a habilidade da Dior de transformar história em espetáculo e para muitos significou o ponto mais alto da designer na direção criativa da Dior.
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