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A NOVA VALENTINO DE MICHEL: CRIATIVIDADE OU EXCESSO?



A estreia de Alessandro Michele à frente da Valentino era um dos momentos mais aguardados do calendário fashion, e o designer não decepcionou ao entregar um espetáculo visual rico em referências e maximalismo. No entanto, a comparação entre Michele e seu antecessor, Pierpaolo Piccioli, é gritante. Enquanto Piccioli consolidou a identidade da Valentino com uma abordagem sofisticada e refinada, marcada por silhuetas fluidas e uma paleta de cores vibrante, Michele trouxe uma estética mais barroca e repleta de camadas, remetendo fortemente à sua assinatura dos anos de Gucci.



O desfile aconteceu no Hôtel Salomon de Rothschild, um local histórico em Paris, reforçando a grandiosidade da apresentação. A cenografia foi igualmente imponente, com um ambiente repleto de elementos clássicos e dourados, remetendo a um cenário renascentista que dialogava diretamente com as inspirações da coleção.



A apresentação foi uma explosão de elementos históricos e culturais, com bordados exuberantes, tecidos opulentos e uma profusão de acessórios que remetiam ao Renascimento e à estética vintage. Entretanto, a abundância de referências fez com que alguns looks se perdessem na narrativa, diluindo a identidade tradicional da Valentino.



Muitos espectadores notaram que a coleção tinha uma forte conexão com os anos de Michele na Gucci, o que pode ter ofuscado a essência da maison italiana.


Apesar das críticas, a estreia de Michele na Valentino reafirma sua capacidade de criar narrativas visuais ricas e impactantes. Agora, resta saber como ele irá equilibrar sua identidade criativa com a herança icônica da Valentino nas próximas coleções.


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